Muito se fala de crescimento e da escalabilidade das empresas. Mas toda essa discussão envolve disponibilidade de recursos e a capacidade de financiamento.
Um dos recursos comentado é o Equity e Capital de Risco, e formas de captação, mas quero falar nesse artigo sobre como melhorar os resultados financeiros para garantir a sustentabilidade e eficiência econômica da empresa.
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Recursos com financiamento são caros e dinheiro de investidores são escassos e complexos, então o crescimento com recursos próprios é mais eficiente.
Melhorar o resultado financeiro requer gestão do caixa, plano estratégico com indicadores de resultados paralelo ao orçamento, e ser medido mensalmente, tendo os gestores a capacidade de ação e correção ágil para minimizar os impactos sobre o projetado.
Para gerir o crescimento empresarial com recursos próprios, os gestores devem ter muita disciplina com os números, ampliar os horizontes para inovar e agir para otimizar gastos e tarefas.
Há gestores que acreditam que o volume de faturamento é sucesso, por vezes não dão atenção para o fluxo de caixa, e posso dizer que isso é essencial.
Minha experiência já mostrou grandes companhia realizando controles em planilhas de Excel com informações desencontradas. Indico sempre utilizar um controle de caixa em ERP, fácil de aplicar e é um excelente ponto de partida para uma Gestão Financeira Empresarial, nele terá as informações base: registro de entrada e saída de dinheiro, o reconhecimento dos valores a pagar e a receber.
Bem, estamos falando sobre melhorar resultados financeiros, ao passo que o controle de caixa por si só não resolver a questão, é preciso analisar as informações do passado (pagos e recebidos) e do futuro (a pagar e o a receber) comparando com o orçado x plano estratégico x o negócio.
Assim um gestor financeiro, para ter sucesso, precisa entender quais são as fontes de receitas, despesas e custos, bem como observar os investimentos e o fluxo de financiamento (seja com recursos dos sócios ou de terceiros); e para isso é importante ter um de Plano de Contas financeiro, em conjunto com a contabilidade, para identificar onde os recursos da empresa estão alocados.
Até aqui falamos de fluxo de caixa, que permite responder qual a lucratividade, o ponto de equilíbrio e a margem de contribuição da empresa. O que fica pendente de responder é: Qual a capacidade de geração de caixa?
Note que as empresas normalmente não falem por falta de lucro, elas quebram por falta de caixa e capital para sustentar o seu crescimento. Pode parecer um contrassenso, mas é o caixa que garante a sustentabilidade empresarial. Se não tem caixa então não tem empresa.
Portanto, se tiver que pensar entre em Caixa e Lucro? (Fique com os dois) mas no curto prazo, a depender do momento e do plano estratégico é possível pensar em caixa.
Como diz o ditado, “Receita é vaidade, lucro é sanidade e o Caixa é rei”. O caixa é o que salva uma empresa.
É claro que esse caixa precisa ser bem utilizado, senão ele vira uma vazão de dinheiro pela má gestão. Logo ele precisa trazer retorno. E, como medir o sucesso financeiro empresarial?
O lucro é muito importante. Tem até um método que utilizamos para gerar mais lucros na empresa que é o Lucro Primeiro, essa simples mudança de mentalidade na gestão financeira de uma empresa pode tornar o negócio rentável.
Mas o sucesso empresarial não pode ser medido somente pelo lucro. Existem empresários que olham também para o Patrimônio Líquido, se você faz isso esqueça esse método.
Existem basicamente duas formas de medir, que devem ser combinadas para uma análise mais adequada.
Um dos indicadores mais assertivos para fazer essa verificação é a análise de DuPont, essa a metodologia é capaz de identificar pontos fortes e fracos de uma empresa e entender a eficiência operacional.
É muito comum investidores se basearem no Return on Equity para medir a performance de uma empresa e do seu uso de capital aportado. O problema é que esse indicador pode levar a enganos, por ser suscetível a variáveis que aumentam seu resultado junto ao risco da corporação.
Com a Fórmula DuPont, a análise chega a outro nível de interpretação, por isso indico aos gestores financeiros pois, a partir dela, pode-se entender quais foram os fatores que levaram o ROE aos resultados encontrados.
Portanto o lucro não representa nada se não tiver relacionado com o retorno sobre o investimento da empresa. É sabido que o retorno do investimento tem suas complexidades operacionais e não é algo que se muda com simples ações, por isso é importante compreender que os impulsionadores dos resultados estão relacionados a quatro principais premissas, que são:
a- Lucratividade
b- Gestão do Capital de Giro
c- Gestão de ativos não circulantes
d- Fluxo de Caixa/Financiamento
Esses impulsionadores dizem respeito ao grau de financiamento e a capacidade de se financiar. É um item muito observado pelos Bancos para oferecer novas linhas. E, os principais indicadores a medir são:
Conhecidos os impulsionadores, agora temos que analisar as 7 principais alavancas financeiras que provocam melhoras nos resultados monetários da empresa, que são:
a- Preço
b- Volume de Venda
c- Custos dos Serviços ou Produtos Vendidos
d- Despesas Operacionais
f- Estoques e Trabalho em Andamento
g- Prazo das Contas a Pagar
h- Prazo do Contas a Receber
Apesar de boa parte das informações poderem ser adquiridas pelos controles internos, os relatórios contábeis é uma preciosa aliada da gestão das empresas, quando não um artificio essencial para a estratégia do negócio. Assim empreendedores precisam se apropriar dessa leitura, no entanto os gestores financeiros têm por obrigação, dentro do seu ofício, ter habilidade de interpretar os números para direcionar as decisões tendo como premissa os fatos.
Melhorar os resultados financeiro requer do administrador ser um bom analista e gestor de dados e informações importantes, ser o guardião do orçamento, habilidades em negociação financeira e ter visão ampla do negócio.
Regina Fernandes – Idealizadora da Capital Social e da Protocolei – é Contadora, Coach, Mentora e Trainer. Formada em perícia contábil pela Fecap e áreas relacionadas como Finanças, Gestão de Pessoas, Projetos e Negócios.
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