Vários métodos de cálculo podem ser utilizados para verificar a saúde financeira de uma empresa, como já falamos aqui.
Um dos mais importantes é o índice de endividamento, relevante não só para gerenciamento de dados internos, mas também em casos de concorrência pública e licitações. Quer saber como calculá-lo? Confira:
Você sabe distinguir o quanto de sua atividade utiliza capital de terceiros e o quanto é financiada por capital próprio? É aí que o índice de endividamento mostra a que veio!
Quando analisado em série histórica, ele revela a quantidade de recursos externos que a empresa tem utilizado para conduzir seu negócio e fornece dados importantes para a tomada de decisão.
O índice de endividamento é extraído da relação entre o passivo e o ativo da empresa. Tecnicamente falando, a fórmula de cálculo é:
IE = [(PASSIVO / ATIVO) * 100]
Sendo que:
IE = Índice de endividamento
Passivo = Passivo Circulante (exigíveis curto prazo) + Passivo não circulante (exigíveis de longo prazo)
Ativo = total do ativo
Como o cálculo é bem técnico, é importante ter um contador para auxiliar na sua realização, uma vez que as contas de ativo e passivo devem estar corretamente compostas no balanço patrimonial, além de conciliadas com os dados reais da empresa.
Um profissional experiente assegurará que o índice efetivamente reflita o cenário em que a empresa se encontra.
A taxa de endividamento é mostrada em porcentagem — o que explica a multiplicação por cem mostrada na fórmula. Assim, se a empresa tem um índice de 30%, significa que seu passivo representa um terço do seu ativo ou, em outras palavras, que o ativo é financiado 70% por capital próprio e 30% por capital de terceiros, ou seja, quanto maior o índice, maior o nível de endividamento.
Depois de feito o cálculo, como transformá-lo em uma informação importante para sua empresa? Deve-se ter em mente que, para interpretar o indicador, é fundamental compreender bem a composição do balanço patrimonial a fim de identificar o que está provocando sua alta ou baixa.
Um alto endividamento não é necessariamente ruim, pois pode refletir um momento de crescimento que gerará lucros posteriores em valor maior que o endividamento em si, como é o caso de investimento em melhorias do processo produtivo.
Todavia, sabemos que quanto mais empréstimos e financiamentos, mais juros haverá para pagar, principalmente se utilizados para quitar outras dívidas.
Caso a situação seja essa, é hora de acender o alerta vermelho e reavaliar a situação da empresa.
Uma vez realizado o cálculo, chegou o momento de utilizar a informação auferida a seu favor. Com o auxílio de ferramentas de contabilidade, vale analisar quais planos de ação podem ser implantados.
Nesse momento, é sempre bom ter um contador de confiança para auxiliar a entender, por exemplo, em que medida os altos juros de financiamentos e empréstimos estão interferindo nos resultados da organização.
Use a contabilidade, pois ela tem valor estratégico para tomar decisões e manter a saúde financeira da organização.
O que achou dessas informações? Deixe suas dúvidas e sugestões nos comentários e não se esqueça de nos contar sobre seus resultados.