As empresas de capital aberto e com negociação de ações na Bolsa de Valores divulgam trimestralmente as suas demonstrações contábeis para que os seus acionistas (investidores) possam analisar relatórios e visualizar os resultados da organização, sua força no mercado e demais informações que sejam de relevância para a tomada de decisão no que tange a maximização do seu capital investido.
Contra fatos não há argumentos, e contra números não há contestação! A frase pode parecer uma máxima agressiva, no entanto, é uma forma rápida para que você perceba que os números que a sua empresa produz são fundamentais para o entendimento do seu atual cenário econômico interno e externo.
E você, sabe como entender a sua empresa por meio das demonstrações contábeis? É justamente sobre isso que este artigo vai tratar. Continue a leitura e saiba mais.
Para começarmos a abordagem do tema precisamos apresentar as principais demonstrações contábeis e o que elas tratam. Vejamos a seguir:
Percebeu como cada demonstração tem sua finalidade e se apresenta para uma determinada operação da empresa? Embora possam ser utilizados em separado, o ideal é que você faça uma análise integrada de todos eles, proporcionando uma visualização mais abrangente do cenário econômico-financeiro da sua empresa.
Agora que você conheceu as principais demonstrações contábeis, que tal conhecer um pouco de análise e de como entender a sua empresa? Então, vamos direto ao ponto.
Um dos principais indicadores, o endividamento geral vai te ajudar a visualizar o nível de dívidas em relação ao patrimônio e ativos da empresa. Para calcular esse índice você vai precisar do Balanço Patrimonial.
Endividamento Geral = Passivo Exigível Total / Ativo Total
Quanto menor for o nível de endividamento geral, melhor será para a sua empresa.
Que tal saber quanto os ativos da sua empresa estão gerando de retorno? Isso é muito importante para acompanhar a geração de valor. Aqui você vai precisar do Balanço Patrimonial e do DRE (Demonstrativo de Resultado do Exercício).
Retorno sobre o Ativo (ROA) = Lucro Líquido Atual / ((Ativo Atual + Ativo Anterior) / 2)
A liquidez trata da capacidade da empresa arcar com seus compromissos financeiros, ou seja, de ter disponibilidade (caixa e equivalentes) para pagar os compromissos de curto prazo. Vejamos:
Liquidez Imediata = Disponibilidades / Passivo Circulante
Quanto maior for esse índice, melhor será para a sua empresa ter condições de cumprir suas obrigações com terceiros.
Para manter um fluxo de caixa com liquidez é preciso equilibrar os créditos e débitos, onde o Prazo Médio de Recebimento deve ser menor que o Prazo Médio de Pagamento. Quer aprender a calcular?
Giro do Contas a Receber = Receita Bruta / Saldo Médio Contas a Receber
A fórmula acima descreve quantas vezes o Contas a Receber da sua empresa gira em um determinado período. O GCR serve de base para calcular o Prazo Médio de Recebimento — PMR, que veremos abaixo.
Prazo Médio de Recebimento = 360 / Giro do Contas a Receber
Essa fórmula vai dizer quantos dias em média a sua empresa leva para receber os pagamentos dos seus clientes.
Avançando no tema, descreveremos o GCP — Giro do Contas a Pagar e o PMP — Prazo Médio de Pagamento.
Giro do Contas a Pagar = Compras / Média Fornecedores
Na fórmula acima você identifica quantas vezes o seu Contas a Pagar gira em um determinado período. Ele também serve de base para calcular o Prazo Médio de Pagamento. Veja abaixo a fórmula do PMP:
Prazo Médio de Pagamento = 360 / Giro do Contas a Pagar
Recapitulando, para um cenário ideal e favorável o PMP deve ser maior que o PMR.
Essas são apenas algumas das informações extraídas das demonstrações contábeis, em que você poderá entender melhor a sua empresa. Mas, com essas fórmulas que demonstramos aqui você já será capaz de manter o bom equilíbrio do seu empreendimento.
E você, já pratica a leitura do contexto da sua empresa por meio das demonstrações s contábeis? Compartilhe conosco suas opiniões e experiências sobre o tema.