Quem não conhece o setor acha que empresas da economia criativa não visam o lucro. Mas sabemos que isso é totalmente equivocado, já que, por mais “diferente” que seja o empreendimento, todos buscam ganhar dinheiro. E quando se fala em dinheiro, não dá pra deixar de lado a organização financeira.
Por isso, as empresas que fazem parte desse universo, em sua maioria formado por artistas, devem aprender a lidar com a contabilidade. Parece complicado, mas não é um bicho de sete cabeças.
Economia criativa é toda aquela atividade que resulta em indivíduos exercitando a capacidade mental e a criatividade como seus principais recursos de produção. Seus processos resultam na criação de produtos e serviços. Um projeto de estabelecimento comercial desenvolvido por arquitetos ou uma campanha publicitária elaborada por uma agência de publicidade são exemplos de produtos de economia criativa.
Órgãos como Sebrae, Ministério da Cultura e Unesco colocam na área de abrangência da economia criativa os seguintes setores:
Arquitetura;
Expressões culturais (artesanato, arte e festa populares);
Artes visuais;
Audiovisual (cinema, televisão e publicidade);
Design;
Digital (games, aplicativos e startups);
Editoração;
Moda;
Música;
Comunicação (tv e rádio).
O primeiro passo para uma empresa de economia criativa começar é legalizar o negócio. Só assim é possível, por exemplo, participar de licitações públicas, emitir nota fiscal, buscar financiamentos e melhorar os resultados da empresa.
Se o empreendedor estiver enquadrado no MEI (Microempreendedor Individual) – com faturamento anual de até R$ 60 mil, é fácil trabalhar sozinho na contabilidade. Há o pagamento apenas do Simples Nacional (atualmente é R$ 39,90), mas é bom conhecer a legislação municipal para saber se existem outras cobranças.
Apesar da facilidade, o empresário deve controlar o que compra, vende e ganha. Mensalmente é preciso preencher um relatório das receitas do mês anterior e anexar ao documento as notas fiscais. O MEI só é obrigado a emitir nota fiscal a pessoas jurídicas.
Nesse caso, é imprescindível o auxílio de um escritório de contabilidade. Assim, o empreendedor criativo obtém informações dos tributos a serem pagos. Pesquise antes de escolher o contador para saber se ele já tem clientes na área e verifique se o escritório é afiliado a algum órgão de classe.
Documentos originais, como registro de firma individual ou contrato social, CNPJ, alvará de funcionamento, entre outros, devem ficar bem guardados. O escritório de contabilidade guarda uma cópia. Após o contador fazer os lançamentos, as notas fiscais, contas de água, luz e telefone, além de talões de vendas e guias de recolhimento de tributos devem ser devolvidos ao empresário.
Uma boa gestão contábil mostra os custos, as despesas e também o rendimento de tudo o que foi investido. Tendo conhecimento desses dados, o empreendedor pode tomar decisões mais acertadas e direcionar novos investimentos para que seu negócio seja mais rentável.
Você quer saber mais sobre a gestão de uma empresa criativa? Escreva suas dúvidas para nós no e-mail contato@capitalsocial.cnt.br.
3 Comments
o que uma empresa de radio precisar declarar durante o ano. DCTF deve ser mensal?
Olá Marcos, boa tarde
As entregas podem variar de acordo com o enquadramento tributário da empresa. O ideal é que procure o seu contador para entender quais a empresa deverá entregar.
Caso esteja abrindo a empresa, algumas das decisões de abertura vão determinar que obrigações serão entregues. Por isso não deixe de procurar um contador para apoia-lo, caso não tenha, nossa equipe poderá ajudar.
Indico também a leitura do artigo sobre obrigações de uma empresa: https://capitalsocial.cnt.br/rotinas-obrigacoes-de-uma-empresa/
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