2017 chegou! E agora, o que nos aguarda?
Para muitos empreendedores o ano de 2016 foi muito difícil com instabilidades econômicas e políticas, a queda do consumo e até a saída de um Presidente. Isso tudo afetou os negócios em 2016.
Isso sem falar nas mudanças de regras fiscais com os Governos tentando arrecadar cada vez mais. Houveram mudanças importantes nas regras do ICMS Interestadual, mudanças na Desoneração da Folha de Pagamento e o fim de diversos incentivos.
Alguns dizem que o ano foi tão atípico, que até separações improváveis aconteceram, como a dos casais Angelina Jolie e Brad Pit e Fátima Bernardes e William Bonner que ocorreram de forma inesperada.
Brincadeiras à parte, para você ter sucesso em 2017 é preciso ficar atento aos cenários e mudanças que estão por vir e se preparar para aproveitar o momento.
Em 2017 o cenário econômico deve ser movimentado. O Governo está atento a queda da atividade econômica e os seus efeitos no emprego e renda, e por isso deve adotar uma postura mais ativa na política econômica.
Em 2016 a inflação oficial fechou em 6,29%, dentro da meta do governo que teve teto em 6,5%.
A inflação afeta demais os negócios na PME. Sem a estabilidade de preços o empreendedor não consegue fazer um plano adequado, e é afetado pela pressão de custos, muitas vezes sem conseguir repassar para o consumidor esses ajustes e consequentemente caindo a lucratividade do negócio.
Aproveite o momento de estabilidade da inflação para rever os estoques. Com uma situação mais estável analise a necessidade de fazer grandes compras para “travar o custo”. Estoques altos além de custar para a empresa, prejudicam a geração de caixa.
Na ponta do preço, é o momento certo para analisar as finanças e adequar a precificação com a recuperação da margem de lucro. Analise suas finanças e verifique se o preço praticado está adequado ao negócio.
A queda na inflação está possibilitando ao governo adequar a taxa de juros da economia através da SELIC. Ainda temos a maior taxa de juros do mundo, mas as adequações vão possibilitar uma economia as PMEs.
O atual Presidente, Temer, em declarações inclusive já sinalizou que a taxa de juros básicas podem cair abaixo de 10%. Isso com certeza irá estimular a economia.
O efeito não é imediato, mas com a queda dos juros básicos, os juros cobrados pelos Bancos tendem a cair.
É importante levantar as atuais dívidas com Bancos, verificar a sua condição de juros, e se for o caso renegociá-las.
Uma estratégia adotada com bastante sucesso, é agrupar dívidas diversas em uma única renegociação. Analise com calma os valores e impactos de uma mudança.
Uma ótima estratégia é com certeza analisar as linhas para investimento. Em alguns Bancos, principalmente nos públicos há linha especificas com juros menores para investimentos de Capital.
Isso ajudará a liberar seus recursos de investimento para o giro da empresa além de facilitar o crescimento.
A queda dos juros também estimulará o consumo, principalmente de itens com maior valor agregado que precisam de financiamento.
Fique atento as condições comerciais de sua empresa para aproveitar este estímulo. Recentemente o governo aprovou a diferenciação de valor por meio de pagamento, algo que não era legal. Verifique suas condições comerciais, o custo de cada opção e como estimular o consumo.
Embora o governo sinalize essas mudanças e haja mudanças nas políticas econômicas a comunicação entre a ação e a reação (crescimento econômico) é lenta.
A expectativa de economistas é que as ações que se iniciaram esse início do ano, como estabilidade inflacionária e queda dos juros somente tenha efeitos visíveis no último trimestre do ano.
Reveja seu planejamento estratégico e metas para 2017. Será importante ter ações efetivas que levem a empresa crescer. Analise elementos que possam aumentar sua receita, como ampliação de canais e de produtos/serviços oferecidos. Será importante também tomar ações de marketing para estimular a venda com consumidores e não consumidores de sua empresa.
O governo já encaminhou as principais reformas para o Congresso, entre elas a Reforma Trabalhista e a Reforma da Previdência. O Governo tem sinalizado com cautela mudanças nas políticas fiscais, afinal não aguentamos mais pagar tantos tributos.
O ano de 2016 encerrou com a Revisão tão esperada do Simples Nacional, sendo os principais efeitos em 2018. O que precisamos ficar atentos é a unificação do PIS e COFINS, que de acordo com o texto em tramitação vai prejudicar as empresas de serviços com aumento de tributos. É bom ficar atento!
A reforma trabalhista vem em bom momento. Podemos dizer que ela tem elementos que o setor empresarial sempre solicitou.
Os pontos mais importantes dela é dar maior importância do negociado sobre o legislado, ou seja, dar liberdade realmente para negociações entre patrões e empregados.
Nesse ponto o instrumento é a Convenção Coletiva Sindical.
O outro ponto importante é uma revisão dos formatos de contratação dando maior liberdade para os contratos com períodos menores do que as 44 horas semanais.
Isso facilitará a contratação de funcionários para aquelas atividades extraordinárias além de ajudar nas empresas que atuam com escala. Pelo proposto, será possível contratar funcionários para atuar somente 1 dia na semana, por exemplo. Isso com certeza facilitará a vida de empreendedores e empregados.
Nesse ponto é importante acompanhar, pois os temas serão ainda amplamente discutidos no Congresso até a sua aprovação.
Embora evite falar de aumento de impostos no Governo, há uma matéria em discussão e aprovação que pode mudar a vida dos empreendedores de serviços.
Embora qualquer coisa que menciona unificação de tributos e obrigações soe bem para os empresários, essa unificação não vem somente com o lado bom.
Na proposta, deixa de existir a incidência cumulativa para se tornar não cumulativa, ou seja, com a possibilidade de descontar os créditos de impostos dos insumos adquiridos. Porém com isso a alíquota passaria dos 3,65% para 9,25% (Pis de 0,65% para 1,65% e a Cofins de 3% para 7,6%).
O principal prejudicado é o setor de serviços, pois no custo existem poucos ou nenhum insumo, portanto o que acorrerá claramente é um aumento da tributação.
Como você pode perceber, 2017 é um ano que deverá ser agitado tanto quanto 2016. A diferença é que existe uma expectativa positiva que irá diferenciar os dois anos. Mudanças tendem ocorrer e o sucesso de seu empreendimento depende do seu preparo e ação. Se dedique e construa um 2017 promissor.
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3 Comments
Uma outra atitude que pode e deve ser tomada e fazer um planejamento tributário. O planejamento tributário vai muito além de escolher adequadamente o regime tributário que a empresa irá adotar (lucro real, presumido, simples). As vezes, com uma readequação na estruturação do plano de contas e com a tomada de medidas de planejamento a empresa alcança maior economia do que imagina.
Olá Andrea,
Excelente comentário. Realmente fazer o planejamento tributário é importante, olhando além do enquadramento. Temos um artigo que mostra essa visão, indico a leitura. Planejamento tributário: como fazer o da sua empresa
https://capitalsocial.cnt.br/planejamento-tributario/
Interessante o que a Andrea citou, a um ano atras fiz meu tcc sobre planejamento tributário de uma media empresa,na qual fiz uma comparação de regime tributário entre o lucro real e presumido,com isso coletei todos os dados necessários de dois anos e fiz os comparativos ( cálculos ), dai deu para ver qual regime que seria adequado e melhor para empresa.