6 comportamentos que você deve abandonar para sua empresa crescer

O mundo está em constante mudança, pode até ser clichê falar isso. Mas com a globalização e os avanços tecnológicos ocorrendo quase que na velocidade da luz, estar preparado é fundamental para não se perder em meio a avalanche de novidades e informação.

Esse momento que estamos passando, é denominado “VUCA”, um acrônimo que descreve 4 características: Volatilidade, Incerteza, Complexidade e Ambiguidade.

Esse quarteto de características pode trazer tanto oportunidades, quanto riscos para o seu negócio. A sua forma de enxergar o mundo é que vai definir o destino da sua empresa. Pensando que essas características só tendem a se propagar mais na sociedade, é importante alterar o nosso mindset de comodidade, para ousar, testar e mudar.

Então, no texto de hoje eu trago 6 comportamentos que você precisa abandonar para a sua empresa crescer! Continue lendo e confira! 😉

1. Resistência ao novo

O novo está batendo na nossa porta a cada dia. A sociedade se modernizou e as pessoas já não estão mais satisfeitas com as soluções que temos até então. A nova geração de consumidor, está mais exigente e aberta a mudanças. Tudo isso só é possível graças à internet e novas tecnologias, e por consequência, diversos modelos de negócios, ferramentas, metodologias de processos, gestão e mensuração de resultados, estão surgindo para atender essa demanda.

Isso abre portas para facilitar a vida do empreendedor nesses aspectos, pois facilita a organização da equipe, atividades, prazos e qualidade de entrega. Mas também é importante ressaltar que isso acaba exigindo um pouco mais de criatividade por parte do empreendedor, que precisa estar antenado e aberto a mudanças para adaptar seu negócio ao seu público.

Vejamos aqui alguns hábitos de Resistência ao novo, que certamente estão impedindo de sua empresa crescer:

a) Apego ao passado e conservadorismo

Muitos pensam que “time que se ganha, não se mexe” e isso é verdade, porém, devemos considerar que tudo depende do contexto.

O conservadorismo no ambiente dos negócios e empreendimentos está diminuindo consideravelmente. Veja que hoje em dia, as startups vêm crescendo e seu ambiente normalmente não é apegado ao passado e muito menos conservador.

Um bom exemplo disso, é o Nubank! O cartão de crédito que começou com a proposta de não cobrar anuidade e ser inteiramente digital, hoje em dia se tornou uma verdadeira ameaça às grandes instituições e só cresce.

Proposta simples porém ousada, e que cresceu, por quebrar um paradigma burocrático e focar numa solução tangente para o problema do seu público.

Lembre-se: o consumidor de hoje está mais antenado às tecnologias, mais exigente, detém de conhecimentos e é questionador.

Então, a dica aqui é buscar novidades e trazê-las para o seu negócio. 😉

b) Insistência em práticas antigas

Esse ponto é um complemento do primeiro.

Se apegar a processos antigos só pelo fato de já ter a comodidade de como fazê-lo, pode estar te fazendo perder muito dinheiro.

É importante estar atento ao mundo à nossa volta e se questionar se existe uma maneira mais eficiente e talvez até automatizada de realizar aquilo que você já faz.

Um exemplo de mudança é a reformulação dos processos para torná-lo mais enxuto. A alteração já melhora a produtividade da equipe e a qualidade das entregas, que consequentemente satisfaz o cliente. Quer um exemplo de empresa que obteve grande sucesso com isso? O Baratão da Construção, que aumentou em 70% o processo de entrega.

Portanto, se vier uma oportunidade, estude-a, teste-a e implemente-a se ela for de acordo com suas necessidades. Afinal, se alguém criou uma solução para um antigo problema que você também tem, por que não aproveitá-la? 😉

c) Baixo ou nenhum investimento em pesquisa e desenvolvimento

Esse é perigoso, já que ele é a atitude que te fará evoluir nos dois pontos anteriores.

É imprescindível estar atento às novidades do mercado e o que pode ser adquirido para o crescimento da sua empresa. Investir em pesquisa e desenvolvimento é crucial. No ponto acima citei ferramentas de melhoria em produtividade, mas não se restringe somente a isso, também podemos citar:

• acompanhamento sobre as novidades do mercado,
• cursos sobre área em que você atua,
• presença em palestras e workshops.

Lembre-se que:

“Nada é tão bom que não possa ser melhorado.”

E tenha em mente que o investimento que você fará, seja de tempo em pesquisa e estudo, ou na contratação de alguma ferramenta, será baixo, se relacionado ao retorno que você receberá em troca.

Entendido? Agora vamos para o nosso próximo grande vilão:

2. Desorganização corporativa

O segundo comportamento que é extremamente destrutivo para as empresas é a Desorganização Corporativa. O ambiente corporativo deve ter suas diretrizes, metas e funções o mais transparente possível!

Estar atento aos aspectos de organização da empresa, deve ser algo diariamente trabalhado. Uma empresa desorganizada, além de dar a impressão de ser uma empresa “fundo de quintal”, ainda não passa todo o profissionalismo necessário para o resto do mundo, não agrada os clientes e de quebra, desmotiva a equipe.

Portanto, vamos dar uma olhada em alguns hábitos ruins que causam a desorganização corporativa e geram desconforto.

a) Acúmulo de funções

O acúmulo de funções é muito prejudicial, ele impede que as pessoas façam suas atividades bem feitas. Quando alguém tem várias funções para cumprir, ela não sabe qual priorizar, não consegue se concentrar em fazer um bom trabalho e acaba com entregáveis de baixa qualidade. Isso gera o declínio do seu trabalho e por consequência estressa e desmotiva.

A dica aqui é: separar bem quais as funções designadas para cada cargo na empresa.

Mas você pode me perguntar: “Ah, mas eu não tenho uma equipe grande, e aí??”

Em casos onde a empresa é pequena e as atividades devem ser distribuídas entre poucas pessoas, a organização é imprescindível. É necessário que haja uma clareza sobre quem deve fazer o quê, e quando. Isso já vai ajudar a dar uma organizada nas coisas e tirar um pouco o peso das costas.

O próximo aspecto explica um pouco mais o que causa o acúmulo de funções.

b) Falta de clareza de papéis

O acúmulo de funções está diretamente ligado à falta de clareza nos papéis desempenhados pela equipe. Se não há clareza, ou seja, um documento que defina qual o profissional e as suas atividades a serem desempenhadas e departamento que faz parte, tudo vira uma salada. 

Essa falta de clareza pode gerar 2 problemas clássicos:

1. Desequilíbrio entre a distribuição das tarefas e,
2. A história do “Muito cacique para pouco índio”.

Pois bem, é isso que acaba acontecendo. De um lado, muitos caciques falando o que deve ser feito e de outro, muitos índios perdidos, não sabendo ao certo a prioridade do que deve ser feito, qual o objetivo final e cheios de funções acumuladas.

Portanto, a dica de ouro é: documente as tarefas de cada pessoa da equipe dentro do projeto ou do processo como um todo, quais são as dependências dessa pessoa e as atividades a serem desempenhadas.

Obs: mesmo que a hierarquia da empresa seja horizontal, a definição dos papéis é crucial.

c) Lacuna entre a estratégia do gestor e a prática do colaborador

Essa é perigo máximo! Só de pensar já dá calafrios!

Existem muitos casos em que o gestor tem uma estratégia e por falta de uma comunicação adequada, não é passada de maneira eficiente para os colaboradores.

Um alinhamento entre o gestor e a equipe é o pontapé inicial para uma estratégia de sucesso. Reuniões usando a metodologia SCRUM é uma boa forma de realizar esse alinhamento, que não é difícil, basta haver uma comunicação clara e efetiva sobre os caminhos a serem seguidos os objetivos a serem conquistados e os prazos a serem alcançados.

3. Acomodação e zona de conforto

Não é incomum ver empresas que se mantém fiéis à forma em que trabalhavam há 5 ou 10 anos atrás… geralmente empresas mais antigas seguem o modelo de “se está funcionando, mantém”.

Esse tipo de atitude é um perigo, pois se acomodar e ficar na zona de conforto é negar a possibilidade de fazer mais e melhor.

Então, o primeiro passo para a evolução é se conscientizar de que essa falta de ação talvez seja a coisa mais prejudicial que você pode fazer não somente com o seu negócio, mas também com a sua equipe e com você mesmo. Os hábitos que temos dentro desse comportamento, são:

a) Não aprimorar processos

Isso já foi falado antes e até tem um exemplo sobre o Baratão da Construção.

A questão é que fazemos as mesmas coisas muitas vezes e acabamos por nos esquecer que podemos aprimorar os nossos processos.

Encontrar gaps e realizar pequenas iterações nos projetos/processos de tempos em tempos é uma boa maneira de aprimorá-los. E os benefícios dessa ação, são vários!

Em entrevista, Carmen Quiñones, líder de Qualidade e Processos da Unipago, afirma:

“A solução nos proporcionou agilidade organizacional e melhorou o controle de registros e documentos. Notamos uma nítida economia de tempo e de recursos. O consumo de papel praticamente inexiste para os processos relacionados, bem como a necessidade de espaço físico para armazenamento dos documentos impressos”.

Viu só? No nosso texto sobre OKR, é falado um pouco sobre como criar métricas e planejamento para aprimoramento de processos, alcance de metas e como isso pode tornar as coisas mais simples.

Já dizia Charles Magnus:

“Tornar o simples em complicado é fácil, tornar o complicado em simples é criatividade.”

Então, busque sempre o aprimoramento constante, sua empresa terá muito o que ganhar com isso.

E aqui vale outro ponto importante: Documente e Mensure os resultados!

b) Não inovar nas soluções oferecidas

Não importa a solução que a sua empresa ofereça aos clientes, seja através de um serviço ou um produto, busque inovar. Além disso te destacar da concorrência, o cliente sente quando há uma preocupação com a entrega ou com o tratamento que lhe é dado.

Muitas vezes, estamos condicionados a associar “inovação” com algo miraculoso! Mas não é bem assim… inovar pode ser simplesmente se atentar aos detalhes e, por exemplo, mudar a forma como se comunica com os seus clientes. Veja o exemplo do engenheiro agrônomo Luís Fernando, que em entrevista para o SEBRAE revela:

“Toda sexta-feira eu divulgo na internet as opções de produtos, para que o consumidor possa programar suas compras. Em cinco meses, conseguimos 400 cadastramentos”.

Ele também realiza a comercialização em entrepostos ou entrega em domicílio cerca de 150 cestas por semana.

Uma inovação relativamente simples: avisar na internet e entregar a domicílio e isso melhorou muito a sua receita. Pense nisso! 😉

c) Estar por fora das novidades do mercado

Ficar desatualizado não dá. Repito: as mudanças estão ocorrendo a todo vapor e a cada dia que passa, não importa a sua área de atuação, uma novidade será lançada.

Essas novidades podem ser: mudanças na legislação, novas tecnologias, cursos de atualização sobre alguma ferramenta utilizada, uma nova maneira de abordagem de clientes… enfim, são diversas possibilidades e estar por dentro do que está ocorrendo é mais que necessário para se manter competitivo no mercado.

No nosso caso, somos uma contabilidade e estamos sempre de olho nas mudanças na legislação, afinal, nossos clientes dependem de informação de qualidade, do contrário, isso pode lhe gerar multas. Então, uma maneira de nos mantermos sempre atualizados, é fazer parte de cursos, assistir palestras e estar de olho nas notícias!

E claro, demonstramos os nossos conhecimentos ao público através do nosso blog. E aqui vai a dica: além de estar por dentro das novidades, evidencie isso ao mundo! Isso gera valor para o seu negócio.

4. Falta de propósito e visão

Muitas vezes, com a correria do dia a dia, as organizações acabam se perdendo e esquecendo das suas raízes. A falta de olhar para os princípios e valores, pode incentivar a realização de um serviço de baixa qualidade.

Então, para resgatar a essência da sua marca, volte-se para tudo aquilo que um dia foi escrito no papel e retire-o de lá. Esse com certeza será um norte que diferenciará você dos seus concorrentes.

Então, vamos ver o que podemos fazer a respeito disso:

a) Para que a minha empresa existe?

Questionar-se sobre o motivo da existência da sua empresa, é crucial para o sucesso.

“Por que eu abri a empresa X?”, “Qual era o meu objetivo quando eu estava com essa ideia em mente?” “O que eu mais valorizo com a minha empresa?”, “Qual é o ativo que a minha empresa tem, que o meu concorrente não tem?”.

Se a resposta for algo em torno somente do valor financeiro, há algo errado. O sucesso e crescimento está altamente relacionado à vontade de ajudar o próximo, tanto que muitos negócios que estão escalando hoje em dia, estão em torno da colaboração, do desejo de ajudar (vide Uber e Airbnb).

E afirmo com clareza: a sociedade está se moldando para isso, colaboração.

Então, o objetivo precisa estar alinhado com os seus princípios e valores. Falamos um pouco mais sobre isso no texto: Ikigai: Alinhe seu negócio à sua missão de vida

b) Missão e Visão não devem ficar só no papel

Incorpore gota a gota os elementos de Missão e Visão da empresa no coração da sua equipe e de seus clientes, através de ações.

Você pode não imaginar, mas os clientes sentem isso e pode ter certeza, que essa é uma forma de diferenciar o seu negócio dos demais.

Quer um exemplo? A missão e a visão aqui da Capital Social!

Nós temos como missão:

“Ajudar os empreendedores a evoluírem através do compartilhamento de conhecimento.”

Como consequência, alimentamos o blog, financiamos palestras, enviamos mensalmente um boletim informativo para os nossos clientes, debatemos novidades e muito mais!

c) Não queira somente vender

Dinheiro é bom e todo mundo gosta. Uma empresa precisa ter lucro, do contrário ela não conseguirá se manter ativa, isso é fato. A questão é que pensar somente em fechar negócio e vender produto / serviço, não irá de fato gerar valor para os seus clientes.

Hoje, muitas empresas têm crescido por apoiar causas sociais, por exemplo. Isso gera valor e cria uma conexão com o seu público, que enxerga que a sua empresa, como entidade, também é um organismo vivo na sociedade!

Bons exemplos disso são a Natura e O Boticário, que são marcas que apoiam o meio ambiente e constantemente desenvolvem ação de preservação.

As ações dessas marcas estão altamente alinhadas à sua missão e visão e isso é perceptível pelo público. Pense nisso! 😉

5. Falta de cultura organizacional

A cultura organizacional é o que guiará os colaboradores e até mesmo você, a seguirem sempre os valores da empresa e tudo o que é considerado importante.

Um alinhamento entre a missão e visão e aquilo que é realizado no dia-a-dia, só é possível se uma cultura organizacional saudável estiver presente na vida de todos.

No vídeo abaixo, Valtair Rocha fala um pouco a respeito do que é e qual a importância, confira:

a) Criar uma cultura sólida e passá-la para todos

Grandes empresas como Netflix, Hotmart e Dell, utilizam-se do código de cultura para guiar as suas ações.

O Código de Cultura é tudo aquilo que preenche o ambiente empresarial. Todos os valores que a empresa cultiva, as ideias que a empresa apoia. Esse Código de Cultura deve estar intrinsecamente guardado no seu coração e de todos os colaboradores. Dessa maneira, são evitados desentendimentos, pois todos conhecem os objetivos e sabem para onde remar.

Geralmente o Código de Cultura é transmitido pelo RH logo no primeiro dia de trabalho, para que o colaborador tenha ciência de como a empresa costuma trabalhar.

b) Precisa de um exemplo? Veja o Código de Cultura da Capital Social:

6. Achar que o contador só existe para entregar obrigações

E por último e não menos importante: achar que o contador só existe para entregar obrigações que você deve pagar ao governo.

O Contador que está atualizado pode ser muito mais que isso, pode ser um Contador parceiro do seu negócio e ajudá-lo a crescer! Entregar informações de valor que te ajudem a tomar as melhores decisões, é uma das muitas vantagens de se ter um parceiro contador.

Confira no texto 8 motivos para contratar um contador para sua empresa os principais benefícios que você e sua empresa poderão adquirir ao contratar uma contabilidade antenada nas novidades e presente no seu dia-a-dia.

Nós da Capital Social nos empenhamos ao máximo para ver o sucesso dos nossos clientes, afinal, o sucesso deles é também o nosso.

Conclusão

Nossa vida é regida por comportamentos e hábitos. E para o empreendedor, existem uma série de comportamentos que, isoladamente, parecem ser inofensivos, mas que a longo prazo são extremamente prejudiciais para os negócios.

Resistência ao Novo, Desorganização Corporativa, Acomodação e Falta de Visão, são somente alguns dos comportamento citados. Esse artigo ilustrou uma série deles, destacou os problemas desencadeados por eles e mostrou possíveis soluções, ideias e dicas de como resolvê-los!

Para a sua empresa crescer, é importante sempre buscar o aprimoramento tanto pessoal, quanto de gestão. Somente dessa forma será possível acompanhar as mudanças do mercado e continuar crescendo.