O Planejamento Tributário é algo que incomoda a muita gente.
A legislação é complexa, existem uma série de senões e custa muito ao empresário. Isso seja com relação aos tributos que normalmente representam 1/3 das receitas, seja em escolher uma equipe de apoio adequada.
Mas não fazer e não encarar esses desafios é pior, pode-se perder vendas pela falta de competitividade e ainda estar pagando mais tributos do que deveria.
Se essa é uma causa sua, e você precisa de informação, siga a gente nesta jornada lendo este post…
Se por um lado a carga de impostos é muito alta, por outro, existem decisões e escolhas legais que vão impactar na forma de pagar os tributos e nos valores recolhidos.
Essa possibilidade nos é permitida, mas para isso é preciso analisar e tomar algumas decisões que irão impactar a operação de uma empresa. Por isso o nome Planejamento Tributário. Existem diversas “amarrações” (no bom sentido) na legislação e uma decisão errada pode impactar todo o seu negócio.
A Elisão Fiscal é justamente isso: o ato de possibilitar uma menor carga tributária para a empresa através de atos lícitos baseadas na legislação.
Mas como nem tudo é um paraíso, existe também a Evasão Fiscal. A evasão é a menor carga tributária através de atos ilícitos. E a dica que eu dou sobre isso é: Fique longe!
E para evitar, nada melhor que saber do que se trata. As principais formas conhecidas de evasão são:
Para reforçar a dica, fique de longe de soluções como estas. A Receita Federal possui meios, cada vez mais modernos, para identificar e punir tais atos e você e sua empresa podem se complicar.
Continue lendo para saber sobre a importância do planejamento tributário, principais características, objetivos, etapas para a realização e profissionais que podem ajudar. Confira!
Não é possível falarmos de Planejamento Tributário sem antes conceituar muito bem os tributos e entender as suas características básicas.
Os tributos são obrigações a pagar, criadas por força de lei, que impõe aos indivíduos o dever de entregar parte de seus rendimentos e patrimônio. Essas obrigações são determinadas e ocorrem quando acontece algum evento ou transação que é denominado fato gerador.
O seu objetivo é custear o Governo e convenhamos, está cada vez mais difícil fazer isso, rs. Tem outra definição interessante nas palavras de John Garland Pollard, que vale a pena dividir com você:
“O imposto é a arte de pelar o ganso fazendo-o gritar o menos possível e obtendo a maior quantidade de penas.”
Existem algumas características, ou melhor, algumas formas de classificar os tributos:
Outro ponto que impacta fortemente o valor a ser pago é a sua base de cálculo. Normalmente um Tributo é determinado por uma relação percentual sobre uma base de cálculo. Entender a forma como a base é alterada é essencial para fazer um bom planejamento.
Temos como exemplos de base de cálculo, a receita bruta, o lucro presumido, o lucro apurado, o valor de compras e a folha salarial.
E por fim, é importante entender quem é o contribuinte ou o responsável tributário pela obrigação. Isso pois, em determinados tributos a legislação determina a nós a responsabilidade pelo pagamento de tributos gerados por operações iniciadas em outros estabelecimentos. É preciso ficar atento a isso.
Dito tudo isso, e de forma resumida, vamos avançar…
Se você não acredita na importância no planejamento tributário, chegou a hora de comprovarmos a você que sim, é muito importante. Vamos aos principais elementos que comprovam essa importância:
É indiscutível esse ponto, 9 a cada 10 brasileiros acham que paga muito imposto. Isso é verdade, na empresa eles representam cerca de 1/3 das receitas. Reduzir qualquer valor aqui se traduz em uma melhor competitividade e com certeza maior lucratividade.
Muitas empresas estão atentas ao Planejamento Tributário. Como a despesa é representativa sobre o total, esta tem se tornado uma área dentro das empresas, é tão essencial quanto o Marketing ou as Vendas e deve ser vista de forma estratégica.
Essa é uma constante na vida das empresas e chega uma hora que não tem onde reduzir sem prejudicar a qualidade do produto ou o serviço prestado. Bem, se a empresa não atacou os tributos, uma oportunidade nítida pode estar sendo deixa para trás.
Não há como negar, existem alguns tributos que são cobrados e que não são obrigatórios em certas situações. Atento a isso na hora do planejamento é possível descobrir se há algum na sua empresa.
Como existem escolhas na forma de pagamento, imagine você que você pode ajudar no fluxo de caixa da empresa, escolhendo uma forma que você pague após o recebimento de uma venda, sensacional não é mesmo?
Fazer o Planejamento Tributário é uma forma de cuidar da empresa. Se você gosta do seu ramo e da sua atividade, faça o melhor para sua sobrevivência e lucratividade.
Não existe restrição, qualquer empresa pode escolher fazer um planejamento e escolher a melhor forma de pagar seus tributos.
Minha lista era maior, mais encurtei e reduzi, pois se eu não consegui te convencer até agora, não vai ser com mais argumentos que vou conseguir.
Como estamos indo por partes, vamos falar quais são os objetivos básicos de um bom Planejamento Tributário.
O melhor do planejamento é quando se evita o pagamento de um tributo. Ou seja, você impede o fato gerador e não há no que se falar de obrigação tributária.
São várias as escolhas que podem evitar um tributo, como o local de onde se faz uma determinada transação ou com quem (tipo de empresa) é feita essa transação.
É inevitável ter que pagar tributos. O bom é que as escolhas do Planejamento poderão levar a sua empresa em uma situação de redução desses valores de recolhimento, seja com uma redução da alíquota ou na mudança da base. Essa é a forma mais comum de planejamento.
Se você não conseguiu afastar a incidência, ou ainda não reduziu os valores de recolhimento é possível trabalhar com a possibilidade de retardar a obrigação. Você já ouviu na escolha entre o método de caixa ou de competência? Essa é uma das formas.
Fazendo a escolha correta você preserva o caixa da empresa e evita algumas situações onde é feito o pagamento para o governo, antes mesmo de receber pela transação comercial.
Pensou que iria dizer somente “escolher o enquadramento tributário”, não é mesmo?
Não podemos deixar de falar sobre isso, mas lembre-se, esse é um artigo completo, e por isso vou dizer tudo, tudo, tudo mesmo para você.
Bem, vamos lá…
Não podemos esquecer que um dos papeis do Governo é incentivar a atividade produtiva. Ele faz isso, e a principal forma é concedendo incentivos fiscais.
Esses incentivos, devem ser vistos com ressalvas, pois a mesma mão que dá, tira, mas não podemos desprezar algumas boas oportunidades.
É preciso ficar atento, existem algumas formas de incentivo, tais como;
Pronto, agora sim, vamos falar de enquadramentos tributários.
Bem, essa é uma decisão anual, que modifica uma série de questões sobre a forma de apuração e pagamento de tributos.
Essa escolha também influência as obrigações acessórias das empresas. O atendimento dessas obrigações gera custos de pessoal, sistemas e processos e não deve ser ignorado.
Os enquadramentos tributários disponíveis são: Microempreendedor Individual, Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real.
Temos um artigo que explora as diferenças entre eles, sugiro a leitura: Qual a diferença entre Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real?
Como falamos anteriormente, deve existir uma ação para a incidência de tributos. Este é o Fato Gerador.
Muitas vezes, mudando como fazemos os negócios e as operações da empresa podem ser reduzidos ou eliminados alguns tributos.
Exemplos disso:
Modificando a forma de consumir, como escolher um fornecedor que possua alguma característica ou de alguma localidade.
Isso principalmente devido a obtenção de créditos tributários, mudanças na responsabilidade tributária e na própria incidência.
Deixando de consumir um determinado item ou trocando por outro que traga uma vantagem tributária.
Mudando a forma de realizar alguns gastos ou investimentos, como escolhendo determinada localidade ou modificando características essenciais.
Uma outra forma bastante utilizada é realizando uma reorganização societária, dividindo a empresa em operações ou mesmo juntando.
Isso traz resultados, pois é possível fazer escolha de acordo com as características de cada negócio, e assim maximizar o resultado tributário.
Um exemplo é uma Industria que também preste algum serviço, normalmente as industrias possuem um baixo lucro e alto gasto com insumos, fazendo sentido o enquadramento no Lucro Real, mas isso pode não ser o melhor para a operação de Serviço que ficaria melhor no Lucro Presumido, separando as operações é possível escolher o melhor para cada tipo de operação.
Aqui já vimos muitos erros acontecerem. Como alguns tributos são gerados tendo como base a atividade da empresa, não definir a atividade correta pode acarretar em erro nos tributos gerados.
Vale a pena ler um artigo que escrevemos sobre escolha de CNAE: CNAE: Se você não definir a atividade de sua empresa corretamente vai se odiar depois.
Ufa, estamos chegando no finalmente, não é mesmo… atenção as etapas.
Aqui é uma sugestão pois existem outras formas de organizar um Planejamento. Mas fica a dica!
Não tente fazer o Planejamento sozinho, e também não chame somente tributaristas e contadores.
É preciso fazer com um grupo interdisciplinar, que tenha pessoas que entendam de tributos, incidência, etc. Mas é preciso ter pessoas que entendam de negócio e da operação, compra e venda na empresa.
Você já escolheu as pessoas, agora é hora de definir um cronograma com a definição de etapas e de responsabilidades.
Isso não é somente pro-forma, se você não controlar o cronograma corre o risco de você não fazer ou de fazer mal feito.
Vou te trazer uma lista, mas fique à vontade para complementar de acordo com o negócio da empresa ou características. Os tópicos abaixo são somente os principais:
De posse das informações, é necessário analisar o momento atual da empresa, projetar as informações futuras e simular.
Simule todas as situações tributárias possíveis da empresa, com a atenção para os pontos que interferem na operação.
Por exemplo, avalie se alterar o enquadramento tributário impactará na forma como o cliente compra. Ainda, se comprar insumos de outro lugar, se aumentará o gasto com frete.
A realidade é dinâmica, portanto é importante considerar todas as variações na simulação.
Os principais pontos que a simulação deve considerar são:
Falamos um pouco da equipe nas etapas do planejamento, quero agora explorar aqui um pouco mais esse aspecto.
Você deve considerar bem-vinda toda a ajuda possível, para isso você dever considerar:
Esse artigo tinha alguns objetivos, ser completo, ao mesmo tempo direto e enxuto além de tentar ser agradável para leitura de um tema que parece muito extenso, complexo e principalmente “chato” na opinião de algumas pessoas.
Não sei se consegui atingir meus objetivos, espero que sim, de qualquer forma caso tenha alguma sugestão ou consideração fique à vontade para utilizar o campo de comentários abaixo. Agora se você tem uma empresa e precisa de uma assessoria, conte com os nossos profissionais, estamos à disposição para atender bem a você e a sua empresa.
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8 Comments
Oi…legal posso enquadrar a minha empresa desde o inicio ja pensando no crescimento dela no futuro, assim nao ocorrei o risco de alterar-la, gerando gasto na mudança , para um novo regime… mais precisarei de investimento certos! É possivel essa hipotese?
Edmilson, você pode pensar o planejamento tributário em períodos mais curtos, como o próximo ano fiscal, isso pois como a realidade é dinâmica você pode alterar ano após ano o enquadramento tributário. Temos um case de uma empresa do Lucro Presumido que passou pelo Lucro Real e depois Simples economizando mais de R$ 70 Mil reais.
Ok! Valew!
Boa tarde Leandro. Tudo bem? Tenho uma dúvida a qual ainda não encontrei nenhum artigo para me esclarecer essa dúvida: Onde buscamos informações legais nos canais oficiais para fazer um bom planejamento tributário? Exemplo: As instruções normativas entre outros dispositivos legais que nos de as informações certas. Parabéns pelo artigo! De primeiríssima qualidade!
Olá Wagner, bom dia.
Realmente é um ponto a complementar no texto. Esse é inclusive o maior problema, pois as informações não estão centralizadas em um único lugar, a não ser que você tenha acesso a plataformas facilitadoras como IOB, Cenofisco, Lefisc, entre outras.
Para fazer esta analise é importante que considere as informações das três esferas, a federal, a estadual e a municipal. Dependendo do município é muito dificil conseguir informação.
Vou te deixar abaixo sugestões de sites públicos que possuem informações sobre legislação para ajuda-lo.
http://www4.planalto.gov.br/legislacao
https://leismunicipais.com.br/
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/consulta.action
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[…] que é o Planejamento Tributário, indico fortemente a leitura de um outro texto em nosso Blog o Planejamento tributário: como fazer o da sua empresa, nos colocamos também a disposição da sua empresa com os nossos especialistas. Até mais, […]
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